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(i)maturidade

Não é a primeira vez que escuto dizer que sentem orgulho da minha maturidade no que se refere a entender determinados assuntos. Mas, a verdade é que tudo que eu queria era ser um pouco mais imatura. Bater o pé, fazer birra, gritar bem alto e exigir você sem nenhuma forma contrária de acordo. Não quero nenhuma barganha, quero você e ponto.

Mas, mantenho a compostura. Me mantenho sensata. Agindo conforme manda a etiqueta da boa moral e dos bons costumes. Embora, eu mesma ache que nada disso deveria falar mais alto.

Mas, ao mesmo tempo tudo isso sempre nos remete a uma situação delicada, porque quando amamos genuinamente não conseguimos cogitar a possibilidade de nos mantermos longe e ao mesmo tempo não nos faz bem a ideia de não ser o essencial, querendo apenas ser para o outro o que de fato seja melhor. E no fundo sei exatamente o que preciso e você também sabe do que precisa, ou melhor sabemos de quem precisamos.

Aquela sensação que tenho quando você me manda uma mensagem inesperada pra falar alguma coisa aleatória. Mas, que no fundo tá querendo dizer que já não tá aguentando mais a saudade e que pretende matá-la um tiquinho que seja escrevendo e enviando teus pensamentos. E sabe o que acho disso tudo. Acho uma crueldade sem tamanho. Porque você não sabe mesmo o que é saudade. Tenta imaginar ‘Log elevado a mais infinito’… parece exagero não é mesmo, mas foi assim por dias seguidos. Uma saudade que não cabia mais, uma saudade de doer a alma, uma saudade tendendo a infinito.

E aquele ‘oi’ com todas as suas variações, pra mim foi sublime. Você fez questão, quis se tornar presente. E sabemos de certa forma que não podemos tornar nossa saudade um hábito, muito menos que ela seja suprida por todos esses cumprimentos à distância como forma de nos mantermos presente na vida um do outro.

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